Roubo de mais de R$ 1 bilhão envolve C&M Software
Na tarde de segunda-feira (01), uma situação alarmante aconteceu no Brasil: hackers invadiram as contas de reserva do Banco Central e roubaram mais de R$ 1 bilhão em ativos de várias instituições financeiras, incluindo BMP, Bradesco e Credsystem. Um golpe de grandes proporções que mexeu com a segurança do sistema financeiro do país.
Esse ataque foi direcionado à C&M Software, uma empresa que atua sob a supervisão do Banco Central. Essa empresa é responsável por fornecer conexões como APIs e webservices, para facilitar a comunicação entre bancos e fintechs, permitindo transações como Pix, TED e DDA. Por conta do incidente, o Banco Central rapidamente determinou que a C&M desconectasse o acesso das instituições a suas plataformas, a fim de evitar mais problemas.
O Banco Central confirmou a invasão, mas não divulgou oficialmente o valor exato que foi levado. Em um comunicado, a instituição destacou que a C&M informou sobre o ataque em sua infraestrutura tecnológica. As medidas foram tomadas imediatamente para tentar minimizar os danos.
Após o roubo, os hackers começaram a movimentar os valores para diferentes plataformas de criptomoedas que aceitam Pix, como exchanges e mesas de operações OTC, em uma tentativa de comprar USDT e Bitcoin. Em um desses casos, um provedor notou um grande volume de transações e bloqueou as operações, informando a BMP sobre a situação, o que impediu a conversão dos valores.
O cenário é preocupante. Informações indicam que o movimento financeiro dos hackers foi bastante expressivo em outras empresas do setor de criptomoedas. Apesar de ainda não se saber o total que foi ou tentou ser convertido em ativos digitais, as autoridades estão atentas. A investigação está em curso, com a C&M já desconectada do ambiente do Banco Central enquanto as apurações avançam.
Maior ataque hacker da história do sistema financeiro nacional
Fontes da Polícia Federal estão classificando esse ataque como o maior da história do sistema financeiro brasileiro. Em um comunicado, a BMP garantiu que suas contas reserva, que ficam diretamente no Banco Central, são usadas apenas para liquidação interbancária. Isso significa que não têm relação com as contas pessoais de clientes ou com os saldos mantidos na instituição.
A BMP tranquilizou seus clientes, ressaltando que nenhum recurso de cliente foi acessado ou impactado. O ataque afetou únicamente os valores depositados na conta reserva no Banco Central. A empresa afirmou que tomou todas as medidas de segurança necessárias e que possui colaterais suficientes para cobrir inteiramente o valor afetado, garantindo, assim, a continuidade de suas operações e a segurança de seus parceiros comerciais. A BMP segue operando normalmente, reforçando seu compromisso com a integridade do sistema financeiro e com a proteção de seus clientes.